O que é?
Nosso corpo é uma verdadeira máquina, onde tudo deve estar funcionando em perfeita harmonia para que a nossa saúde esteja em dia. No caso da Diabetes um dos “funcionários” da empresa não está trabalhando como deveria. Para entendermos melhor o que acontece com o nosso corpo quando temos diabetes precisamos entender um pouco melhor o que acontece quando nós nos alimentamos.
Nosso corpo precisa de energia para poder estar vivo, esta energia vem dos alimentos que ingerimos. Mas nós só conseguimos usar estes alimentos como fonte de energia se o nosso organismo quebrá-los em pequenas moléculas capazes de atravessar o nosso intestino e atingir, então, nossa corrente sanguínea. Parece complicado, mas na verdade é muito simples. Depois que engolimos os alimentos eles passam para o nosso estômago, onde começam a ser quebrados, ou seja, onde acontece a digestão. Estes alimentos, se tornam pequenas moléculas de nutrientes. Os nutrientes mais comuns são os carboidratos, as proteínas e as gorduras. Destes o que nos fornece mais energia é o carboidrato, que é transformado em glicose, nosso principal “combustível”. As proteínas e os lipídios também podem nos fornecer energia, mas normalmente esta tarefa cabe aos carboidratos.
A glicose gerada pela quebra dos carboidratos, entra na nossa corrente sanguínea e para que consiga entrar nas células, onde desempenha o seu papel, ela depende da “ajudinha” de um hormônio chamado Insulina. Este hormônio é fabricado pelo nosso pâncreas, e em condições normais, se liga à glicose e transporta-a até a célula. Dentro da célula a glicose começa sua atividade para fornecer energia para que o nosso corpo funcione.
Quando estamos com diabetes, algum problema acontece com o hormônio Insulina, a glicose então passa a circular livremente na nossa corrente sanguínea e não consegue realizar sua tarefa, pois não consegue chegar na célula. O sangue fica lotado de glicose e é o que conhecemos como hiperglicemia. Portanto O Diabetes Mellitus, ou popularmente conhecida como Diabetes é um distúrbio do metabolismo que altera a utilização dos açúcares (glicose) pelo nosso organismo.
Esta alta taxa de glicose no sangue, também causam sérias repercussões sobre o metabolismo das gorduras (lipídios) e das proteínas.
Comumente ouvimos as pessoas falarem que tem ” açúcar alto no sangue”, pois é ,o Diabetes não é tão simples assim. Se não for bem tratada e se essa “alta taxa de açúcar no sangue” não for bem controlada, o diabetes pode facilitar o aparecimento de diversas doenças, como doenças cardíacas, problemas de circulação, entre outros. Mas fique calmo se o controle for adequado, a pessoa pode levar uma vida normal, claro com alguns cuidados, que, aliás, todos deveriam ter, independente de serem ou não diabéticos.
Quais são os sintomas?
Para o nosso organismo o excesso de glicose no sangue não é normal, ele reconhece isto,e tenta controlar, eliminando a glicose excedente através dos rins, com isso carrega muito líquido junto. Assim, as principais manifestações da Hiperglicemia (altas taxas de glicose no sangue) são as seguintes:
- muita sede;
- frequente desidratação;
- perda rápida de peso;
- fraqueza e tonturas;
- respiração acelerada;
- face avermelhada;
- dor abdominal;
- difícil cicatrização, mesmo em ferimentos pequenos;
- muita vontade de urinar;
- visão turva, e em casos extremos perda de consciência.
Tipos de Diabetes
Existe dois tipos de diabetes mais comuns; a do Tipo 1, ou insulino dependente, e a Tipo 2 ou não insulino dependente. Mas existem outros tipos mais raros e mais complexos, que não comentaremos agora.
Você sabe as principais diferenças entre a diabetes Tipo 1 e Tipo 2? Para você não confundir mais aqui está uma tabela bem simples com as principais características de cada uma delas:
Tipo 1
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Tipo 2
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Início da doença
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Normalmente é iniciada na infância e adolescência | Os adultos, em geral obesos e com mais de 35 anos são os principais alvos |
Causas
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Hereditariedade e a alterações no funcionamento normal do pâncreas, ocasionada por diferentes fatores | Obesidade e hereditariedade, estes fatores levam o organismo a criar uma certa resistência das células do corpo à ação da insulina |
Sintomas
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Muita sede, apetite excessivo, cansaço, perda de peso, e vontade freqüente de urinar. Este tipo evolui rapidamente para o coma. | Muitas vezes não apresenta nenhum sintoma, mas normalmente se manifesta por cansaço, vontade freqüente de urinar, e visão turva |
Diagnóstico
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É realizado através do exame de glicose sanguínea em jejum. Os valores, no momento de diagnóstico, apresentam-se bem alterados. | Além do exame de glicose sanguínea em jejum, utiliza-se o teste de tolerância à glicose, que confirma valores acima dos aceitáveis. |
Tratamento
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Aplicação de Insulina, controle alimentar, exercícios físicos e controle da glicemia (taxa de glicose sanguínea) | Controle alimetar, exercícios físicos, em certos casos, utilização de comprimidos e em casos extremos utilização de insulina. |
Complicações Agudas
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Coma devido a níveis muito altos de glicose (hiperglicemia) ou níveis muito baixos (hipoglicemia). | Raras |
Complicações médio prazo
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Deficiência de crescimento e desenvolvimento. Problemas durante a gravidez. | Problemas durante a gravidez |
Complicações longo prazo
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Problemas nos pequenos vazos sanguíneos, rins, nervos, vasos do coração, cérebro e extremidades dos membros e cegueira. | Problema nos grandes vasos do coração, cérebro e extremidades dos membros, problemas nos rins, pés, nervos e nos pequenos vasos dos olhos, que pode levar a cegueira. |
Prevenção das complicações
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Educação em diabetes, controle glicêmico, exercícios físicos, controle alimentar, utilização adequada do tratamento da insulina | Perda de peso e controle alimentar, prática de exercícios físicos, e educação em diabetes. |