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Obesidade Infantil

A grande ocorrência de obesidade na infância vem preocupando profissionais da área de saúde, por esse motivo estão sendo feitas pesquisas a respeito da prevenção, causas e tratamentos.

A preocupação da mãe deve se dar já na fase intra-uterina. Para que o bebê nasça com quantidade suficiente e adequada de células gordurosas, a mãe deve ter uma alimentação correta, balanceada durante todo a gestação e não engordar demais (de nove a doze quilos é o ideal).

O primeiro ano de vida é outro estágio importante para o futuro da criança na balança. Os pais precisam acabar com o conceito de que o bebê deve ser gordo para ser saudável. O ideal é alimentá-lo corretamente com nutrientes indispensáveis em quantidade suficiente, a criança deve ser saudável e não gorda.

Do ponto de vista psicológico, a criança deve receber mais do que fluídos, as proteínas, as calorias, as vitaminas, ainda que seja a própria mãe que as forneça. A alimentação é um conjunto harmônico entre aquilo que a mãe é capaz de fornecer, aquilo que a criança é capaz de receber, e finalmente, aquilo que a criança é capaz de retribuir.

Estudos mostram que uma criança amamentada ao seio está menos sujeita a engordar excessivamente em comparação com a criança tratada à mamadeira. Mamar no seio , continua sendo o melhor método, especialmente no sentido psicológico, pois dessa maneira a interação mãe e filho é espontânea e natural. Para acertar na alimentação das crianças nos primeiros meses de vida: – dar o alimento em horas fixas, pois o fornecimento é simples, permitindo a mãe o planejamento de sua própria vida e da vida familiar. – quando a mãe é ansiosa o conceito de auto-regulação do bebê pode levar a uma adaptação de horário fixo. A outra vantagem é fundamentalmente psicológica, de não se criar para a mãe a ansiedade ligada à falta de horário ou por necessidade de afastamento da criança. A obesidade é a causa mais comum de crescimento anormal na infância. Pode causar também complicações em vários sistemas orgânicos, por exemplo, problemas ortopédicos.

O excesso de peso na infância acontece geralmente por uma combinação de fatores, incluindo hábitos alimentares errôneos, propensão genética, estilo de vida familiar, condição sócio-econômica, fatores psicológicos e etnia.

Crianças obesas não são, necessariamente, as que se super-alimentam, depende da qualidade dos alimentos que ingerem, pois muitas vezes esses são muito calóricos com grande quantidade de gordura, portanto, comendo mesmo sem exagero e não tendo atividade física o suficiente para gastar, engorda. O consumo excessivo de refrigerantes e sucos industrializados ricos em calorias podem agravar o problema. Atualmente as crianças em idade escolar ingerem mais do que o dobro da quantidade de refrigerante de duas décadas atrás. Além disso, crianças comem, geralmente, em fast foods, cujos alimentos são riquíssimos em gorduras.

Os hábitos nutricionais familiares inadequados correspondem à grande causa da obesidade infantil. A vida sedentária da criança também.
Hoje com a grande incidência de violência nas cidades, muitos pais têm medo de que seus filhos saiam de casa, esses, então, ficam muitas horas do dia em frente à uma TV, videogame ou computadores. As facilidades que os avanços tecnológicos nos trazem como controle remoto, vidro elétrico, escadas rolantes e etc., também diminuem o esforço físico e o consumo de calorias diárias. O controle de peso envolve o equilíbrio entre a ingestão alimentar e a energia gasta nas atividades diárias.

Na obesidade infantil a baixa freqüência de atividade física têm maior relação com a obesidade do que o consumo alimentar.

Fatores genéticos também são importantes. Quando apenas um dos pais é obeso a criança tem 40% de chances de se tornar obesa. Quando os dois pais são obesos, essa chance sobe para 80%.

Outra grande importância é a verificação do ambiente familiar frente à alimentação. Ex.: Uma mãe que come pratos fartos e gordurosos acaba transmitindo suas preferências alimentares ao filho. Para a criança é muito importante ter um modelo. Se os pais não comem verduras, legumes, frutas, etc., ela não vai adquirir o hábito de comer esses alimentos.

Quanto à fatores psíquicos: as crianças obesas normalmente sentem-se envergonhadas por causa de sua aparência física e da visão comum de que a obesidade ocorre por preguiça ou falta de força de vontade. Para muitas crianças e adolescentes ,a comida funciona como uma” válvula de escape”, e quanto mais ansiosos, mais comem. Podem ocorrer também problemas hormonais, porém na prática, cerca de 90% dos obesos em idade infantil correspondem aos do tipo simples, com antecedentes de uma ingestão calórica aumentada e diminuição da atividade física. O alimento excessivo ou inadequado é prejudicial tanto do ponto de vista fisiológico, no que se refere a distúrbios digestivos, quanto do psicológico , ou problemas emocionais no que se refere à conduta alimentar. Em estudos feitos, apareceram causas psicológicas da super alimentação em crianças;

A maioria das crianças obesas têm mãe dominadoras e pais pouco agressivos, com pouca ambição e muitas das crianças se sentem rejeitadas (acima de 50%);

As observações reconheceram também que havia sempre um envolvimento emocional intenso, num, ou noutro, dos pais. Comumente a mãe, com a criança obesa que se revestia de preocupação exagerada com o bem estrafísico da criança, através de empanturramento alimentar e super proteção contra perigos físicos. Disso, resultava em uma inatividade forçada da criança.

Estes estudos também mostraram que as crianças não amadas seriam levadas à super alimentação;

Crianças internadas em instituições quando transferidas para um lar se tornaram obesas, com as características psicológicas da obesidade;

No sexo feminino, cerca de 80% dos casos de obesidade iniciada na infância, persiste na vida adulta;

É muito comum nos dias de hoje, os pais, em especial a mãe, tentarem compensar o pouco tempo que dispõe para o filho, por trabalharem fora de casa, com guloseimas.

A mãe que trabalha fora também costuma não dispor de tempo para cozinhar , o que faz com que a alimentação da criança, em especial à noite, se dê através de sanduíches, pizzas , fast foods, alimentos supercalóricos.

Dicas para o tratamento da obesidade infantil:

  • Para evitar que a criança se sinta excluída, prepare as refeições de modo que toda a família possa saborear;
  • Sirva as refeições em porções controladas, para evitar o consumo de grandes quantidades e a repetição dos pratos (colocar o prato já feito para toda a família e não as travessas na mesa);
  • Não faça comidas ricas em gorduras e não coloque à mesa: maionese, catchup, geléias, óleos, etc.;
  • Deixe sempre a geladeira provida de frutas, leite, iogurtes desnatados, gelatinas, legumes e verduras;
  • Dê maior ênfase ao que a criança pode comer, e não, ao que ela não pode;
  • Elogie sempre qualquer progresso que a criança venha a ter;
  • Estimule-a a praticar alguma atividade física como: natação, caminhada, futebol, judô, etc.;
  • Nunca use a comida como recompensa;
  • Não brigue ou critique a criança durante as refeições, para que ela não desconte sentimentos na comida. Se ela se acostumar a comer muito por outras razões, que não a fome, provavelmente, fará isso pelo resto da vida;
  • Ofereça sempre e somente opções alimentares saudáveis (ex.: deixe que a criança escolha entre uma fruta e um iogurte, e não, entre a fruta e um chocolate);
  • Explique sempre o porquê de comer ou não determinado alimento.

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